segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Novo Site sobre Terapia Ocupacional

Fonte: Lorena Montessanti

Em breve estará no ar o site: http://www.terapiaocupacional.com.br/

Nesse site terá disponível um portal de Terapia Ocupacional com informações sobre a profissão, dicas práticas para atendimento, biblioteca com listagem dos livros escritos por terapeutas ocupacionais, bem como artigos da área, depoimentos de pacientes e profissionais da área e entrevistas com profissionais renomados.

Além disso, finalmente teremos um shopping para venda de produtos para reabilitação. Tem-se disponível em estoque placas de termoplástico, kinesio, jogos cognitivos, órteses/ ombreiras, acessórios para segurança no domicílio, tecnologia assistiva e muito mais. A entrega poderá será feita via sedex.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

XII Congresso Brasileiro e IX Congresso Latino-Americano de Terapia Ocupacional


Fonte:ATOESP
É com grande prazer que vos convidamos a participar do XII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional e IX Congresso Latino Americano de Terapia Ocupacional, entre 11 e 14 de outubro de 2011, em São Paulo, Brasil.
O evento, que terá como tema “Terapia Ocupacional: construção de identidade (s), episteme e práticas na América Latina”, visa promover o debate entre os vários atores da academia (coordenadores, docentes e discentes) e do serviço (gestores e profissionais) em uma perspectiva nacional e internacional, com foco nos pressupostos ontológicos, epistemológicos e políticos com os quais se constrói a Terapia Ocupacional na América Latina.
A ATOESP, com o apoio da ABRATO e da CLATO, está orgulhosa em organizar um congresso que promova reflexão, encontro, aprendizado, troca de conhecimento e produção científica.
Será também uma ótima oportunidade para visitar o Brasil, o maior país da América Latina e quinto maior país do mundo. A mistura de raças, crenças, filosofias e ideais fez do Brasil um país rico culturalmente e ao mesmo tempo único. Isso está refletido em sua arquitetura, delícias culinárias e no estilo e hábitos de seu povo. A diversidade brasileira também é encontrada em suas paisagens de tirar o fôlego: suas praias, mangues, montanhas, dunas, sertão e metrópoles.
São Paulo concentra toda essa diversidade em um só lugar. Sedia centenas de cinemas, museus, teatros, patrimônios culturais, parques, casas de shows, parques temáticos e de diversão, restaurantes, bares, hotéis, feiras de rua, shopping centers e distritos especializados.
São Paulo te convida a explorar essa metrópole fascinante e todas as ótimas experiências que pode te oferecer!!
EIXOS TEMÁTICOS:
1) Práticas de Terapia Ocupacional; 2)Políticas Públicas e Gestão; 3) Formação em Terapia Ocupacional; 4) Pesquisa em Terapia Ocupacional; 5) Identidade(s), ocupação e episteme da Terapia Ocupacional e 6) Ocupação, cultura e direitos humanos

Organização
Apoio


atoesp@atoesp.org.br

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Curso de Pós-Graduação em Tecnologia Assistiva

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
  
Pós Graduação lato sensu Interdisciplinar em
TECNOLOGIA ASSISTIVA

Tecnologia Assistiva (TA) é uma área híbrida do conhecimento de domínio de profissionais de reabilitação, engenheiros, arquitetos, desenhistas industriais, entre outros, trabalhando juntos para restaurar a função humana através do uso de produtos assistivos. 
Atualmente há um esforço nacional, com atores de todas as áreas, atuando consistentemente na ampliação e solidificação dessa área do conhecimento no país. Esse Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Tecnologia  Assistiva vem atender a demanda crescente por profissionais especializados.  O curso é dividido em três grandes módulos: o primeiro aponta o conhecimento básico que o profissional vai necessitar (fundamentos de reabilitação, de engenharia, de design, de  pesquisa, de direitos das pessoas com deficiência, tecnologia social,etc.), o segundo trata de aspectos gerais da Tecnologia Assistiva (classificações, modelos, processos, sistemas de avaliação de resultados, políticas públicas, etc), e  o terceiro discorre acerca das áreas de aplicação (“seating”, comunicação alternativa, adaptação ambiental, informática, inclusão profissional, escolar, etc).O corpo docente é composto por professores de referência nacional, com experiência acadêmica e prática na área.
local das aulas 
Belo Horizonte - MG
Av. Barbacena, 60 - Barro Preto

Brasília - DF
SGAS Quadra 601 - Conjunto B - Edifício Providência

São Paulo - SP
Mais Diferenças - Rua João Moura, 1453 - Pinheiros

Início previsto Belo Horizonte - 18 de fevereiro de 2011
Início previsto Brasília - 18 de março de 2011
Início previsto São Paulo - 1º de abril de 2011 


aula em um final de semana por mês

Coordenação
Profa. Dra. Maria Aparecida Ferreira de Mello
Pós Doutora pela University of Flórida em Tecnologia Assistiva, Doutora em Ciências da Reabilitação (ênfase em Tecnologia Assistiva) pela UNIFESP- Escola Paulista de Medicina, Mestre em Ciências – Tecnologia Assistiva, pela University of New York at Buffalo, Especialista em Tecnologia Assistiva pela University of New York at Buffalo; Membro do Comitê de Ajudas Técnicas/SNPD /SDH; Professora e Pesquisadora do Instituto de Pós Graduação da Faculdade de Ciências Medicas de Minas Gerais
Objetivo
Criar um grupo de profissionais de diversas disciplinas especializado no desenvolvimento, avaliação, prescrição, e pesquisa em Tecnologia Assistiva.

Público Alvo
Médicos, Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas, Enfermeiros, Fonoaudiólogos, Engenheiros, Arquitetos, Desenhistas Industriais, Psicólogos, Assistentes Sociais, Pedagogos entre outros profissionais que atuam no ramo.

Carga Horária
432 horas (sendo 32 horas de visitas técnicas e 60 horas de desenvolvimento do projeto de pesquisa)

Horários
sexta-feira 18h às 22h; sábado 8h às 18h e domingo das 8h às 13h

Duração
16 meses, sendo aulas em 12 meses consecutivos (não há aula em janeiro de 2012 e 3 meses para finalização de pesquisa de conclusão)

Investimento
Belo Horizonte 18 X R$ 455,00
Brasília e São Paulo 18 x R$ 610,00

Documentos para Inscrição
Currículo.
2 fotos 3X4 recentes
Cópia do comprovante de endereço
Cópia da carteira de identidade de inscrição no conselho profissional
 Cópia do CPF
Cópia do Certificado de Graduação
Justificativa de interesse pelo curso
Taxa de Inscrição: R$120,00, realizar deposito bancário na conta 2087-7 agência 1614-4, Banco do Brasil em nome de TechnoCare

Os documentos deverão ser entregues ou enviados pelo correio para
 Technocare - A/C Pós-Graduação -
Av Cel. José Dias Bicalho, 348/07 – São Luis – CEP 31275-050 – Belo Horizonte-MG

Quando selecionado, o candidato receberá uma carta de aceite com as orientações para matrícula.

Informações
Belo Horizonte (31) 3443-2200
Brasília (61) 3321-1762
São Paulo (11) 3881-4610

 Reconhecido pelo MEC em conformidade com a
Resolução CNE/CES nº 1, de 8 de junho de 2007.


Maria de Mello

31 3443 2200 (www. ciape.org.br)
31 3267 7070 (www.seniorcare.net.br)

I FEIRA PARAENSE DE TECNOLOGIA ASSISTIVA, ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO EM TECNOLOGIA ASSISTIVA E ACESSIBILIDADE
29 e  30 de Setembro e 01 de Outubro de 2011
Promoçâo: NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO EM TECNOLOGIA ASSISTIVA E ACESSIBILIDADE
Local: CENTRO INTEGRADO DE INCLUSÃO E CIDADANIA
Avenida Almirante Barroso, nº 1765
BELÉM - PARÁ
Informações: 91-3277.1909 /91.99850584



 I.              Caracterização da proposta
O avanço da tecnologia tem nos proporcionado dimensionar novos rumos para a inclusão social de pessoas com deficiências, oportunizando, através da  utilização   de dispositivos,  aumentar  habilidades, capacidades funcionais e estimular a independência  dessas pessoas  em vários níveis funcionais.
Deste modo a Tecnologia Assistiva é considerada como um sistema de componentes (cliente, dispositivo de assistência tecnológica e o meio ambiente) e pode ser definida como sendo qualquer instrumento, equipamento ou sistema de modelo, utilizado para aumentar ou melhorar as capacidades funcionais do indivíduo com incapacidade. Portanto, a tecnologia assistiva é um instrumento pela qual, podemos aumentar ao máximo a independência, minimizar as incapacidades e manter habilidades.
O Núcleo de desenvolvimento em tecnologia assistiva e acessibilidade  - NEDETA da Universidade do Estado do Pará  propõe estudar e implementar através da pesquisa  novos dispositivos de ajudas técnicas,  substituindo a tecnologia importada por tecnologia brasileira e regionalizada, visando a melhoria no processo de (re) habilitação global, contribuindo para a inclusão de pessoas com deficiência. Como parte da ações desse núcleo é a promoção de eventos para estimular a pesquisa, produção de conhecimento e o desenvolvimento de produtos.
O evento visa reunir e expor invenções e novidades tecnológicas que facilitam a vida das pessoas com deficiência e contribuem para a ampla inclusão social, vem ao encontro das políticas públicas sobre inclusão, com a Lei de Acessibilidade no. 5296/2004 e a Lei da Inovação tecnológica no. 10.973/2004, pois o processo de inclusão está sendo debatido implantado através do MEC. A Declaração de Salamanca (1994) deflagrou esse processo onde foram preconizadas as diretrizes da Educação para Todos, que tomaram força as discussões acerca da Escola Inclusiva. Esta proposta está respaldada na Lei nº 9.394/96 – de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN, que define como dever do Estado o “atendimento educacional especializado aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino” (Artigo n° 4, III), norteando as políticas educacionais oferecendo a base legal para a propagação da Educação Inclusiva, e as ações que se seguiram.
Estas diretrizes e atos devem observar, no mínimo, os seguintes aspectos fundamentais:
È indispensável que os estabelecimentos de ensino eliminem suas barreiras arquitetônicas, pedagógicas e de comunicação, adotando métodos e práticas de ensino escolar adequadas às diferenças dos alunos em geral, oferecendo alternativas que contemplem a diversidade dos alunos, além de recursos de ensino e equipamentos especializados; que atendam a todas as necessidades educacionais dos educandos, com e sem deficiências, por isso é necessário lançar mão de tecnologias inovadoras que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas deficientes (documento do Ministério Público Federal, 2004).
No Brasil, ainda, dispomos de poucos recursos e equipamentos nessa área; por isso, precisamos, cada vez mais, investir na inovação de recursos tecnológicos com vistas à substituição das tecnologias importadas. Podemos aproveitar a Lei da Inovação para atender a demanda de produção de tecnologia voltada para essa área. Portanto o evento está em conformidade com as atuais propostas dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia no que diz respeito ao processo de inclusão social e escolar das pessoas com deficiência e de Inovação Tecnológica e pretende discutir com pesquisadores e profissionais que trabalham em diversos locais do país com as tecnologias assistivas.
As tecnologias assistivas são parte fundamental da reabilitação, aumentando a capacidade funcional de pessoas com deficiências, as chances de participação na sociedade e a qualidade de vida. Elas são, portanto, instrumentos importantes de transformação da realidade das pessoas com deficiência, e aumentam a efetividade da reabilitação, contribuindo para maior inclusão social, integração nas tarefas escolares e retorno ao trabalho.
Em 2006 ocorreu I Fórum de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social da Pessoa Deficiente onde houve a instalação, oficialmente, do Núcleo de Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade-NEDETA (Projeto aprovado pela FINEP REF. 4249/05, publicado no Diário Oficial da União no dia 30/12/2005), constituindo-se no primeiro momento de capacitação da equipe e divulgação do projeto, pois contou com a presença de diversos especialistas em Tecnologia Assistiva e de várias autoridades representando diversos segmentos sociais, políticos e educacionais (MEC, MCT, FINEP, SEDUC, SEMEC, CENPRA, UERJ, UFRGS, USP, UFPE, UFES, UFPA etc.) assim como uma programação bastante diversificada. Este evento contou com parcerias e apoio de várias instituições como: ACDA, CEDI, UEPA, SEDUC/Pa, SESPA, SECTAM etc. Em 2008, foi realizado o segundo fórum contando com um maior número de pesquisadores, inclusive internacionais, do estado de Missouri/USA e do estado da Flórida/USA. A partir dos dois eventos foram publicados os anais em CDROM e os melhores trabalhos transformados em livros.
Também em 2006, em Curitiba ocorreu I Seminário Nacional de Promoção de Inclusão Mediada pelas Tecnologias Assistivas que teve origem no Projeto de Intercâmbio CAPES/FIPSE - U.S.-Brazil Higher Education Consortia Program[1] cujo início se deu em 01/09/2003 com o título de  Promovendo a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais na sociedade através de tecnologia assistivas: soluções culturalmente apropriadas (Promoting the Inclusion of Persons with Disabilities in Society Through Assistive Technology: Culturally Appropriate Solutions ).  Tendo por base a colaboração entre instituições de educação
superior nos Estados Unidos - Temple University, na Pensilvânia (instituição líder) e Bridgewater State College em Massachusetts-  e, no Brasil, a Universidade Federal da Bahia (instituição líder), na Bahia e a Universidade Tuiuti do Paraná, no Paraná, e Universidade do Estado do Pará, o foco principal dessa parceria é o intercâmbio entre estudantes de graduação dos dois países visando desenvolver a capacitação de futuros profissionais da Educação para a inclusão de indivíduos com deficiências na sociedade com o auxílio da tecnologia assistiva, em especial, as Tecnologias de Informação e Comunicação, com autonomia no exercício de atividades escolares e no exercício de sua cidadania. Em 2007, 2008 e 2009, ocorreram os II, III e IV seminários com participação cada vez mais ampliada de pesquisadores, tanto de instituições americanas quanto de várias instituições públicas de ensino superior de várias regiões do País. Em 2009, o IV Seminário Nacional de Promoção de Inclusão Mediada pelas Tecnologias Assistivas teve palestras e mini-cursos coordenados por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Da Universidade Federal da Bahia, da Universidade do Estado do Pará, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, e entre outros convidados ligados a secretárias de Estado de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Paraná. Os resumos foram publicados em Anais e também foram publicados os textos completos em CDROM, com ISBN. A partir da IV edição Nacional do Seminário, tem-se um número de ISSN registrado no IBCT. Como desdobramento desse evento, um dossiê de textos pós-evento está em fase de revisão para publicação em periódico científico. Decidiu-se, que a partir de 2010, portanto, da sua quinta edição, que o Seminário Nacional de Promoção de Inclusão Mediada pelas Tecnologias Assistivas será itinerante pelas três instituições promotoras, sendo neste ano, sediado pela Universidade do Estado do Pará, em Belém; e em 2011, na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, voltando para a Universidade Tuiuti do Paraná, em Curitiba, em 2012.
Em 2010, agora em novembro, realizamos o III Fórum de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social da Pessoa Deficiente, V Seminário Nacional de Promoção de Inclusão Mediada pelas Tecnologias Assistivas e o VI Simpósio Paraense de Paralisia Cerebral com o apoio do CNPQ com uma programação bastante rica e diversificada constando de 02 conferências, 04 mesas redonda, 05 mesas temáticas, 09 mini cursos, 07 workhops, e a apresentação de 75 trabalhos científicos, que foram colocados em anis impressos e digital. Esses eventos contou com 260 inscritos. No entanto sentiu-se a necessidade de um espaço para apresentação de uma mostra de trabalhos onde possam ser expostos os resultados, protótipos e os produtos já desenvolvidos por estudantes e pesquisadores.

II.            Objetivos:

Geral:
Mobilizar a população, em torno de temas e atividades de ciência e tecnologia (C&T) voltados para a Tecnologia Assistiva, acessibilidade para a inclusão de pessoas com deficiência, valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. Pretende também chamar a atenção para a importância da Tecnologia Assistiva para a vida das pessoas com deficiência, assim como estimular jovens pesquisadores para produzir conhecimento e desenvolver protótipos e produtos nessa área, conhecer e discutir os resultados, a relevância e o impacto das pesquisas científicas e da tecnologia e suas aplicações para a inclusão social.
·         Incentivar trabalhos interdisciplinares e a atitude investigativa, buscando estimular o trabalho colaborativo e as atividades de iniciação científica;
·         Exibir pesquisas e protótipos das inovações;
·         Disseminar a importância do estimulo à pesquisa e desenvolvimento de Tecnologia Assistiva no Brasil e no Estado do Pará;
·         Difundir o conceito da Tecnologia Assistiva para pessoas com deficiência;
·         Viabilizar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre pesquisadores;
·         Divulgar e promover as tecnologias de serviços e produtos já expostos no país;
·         Difundir experiências inovadoras, como um instrumento facilitador no processo de inclusão social e profissional das pessoas com deficiência.
·         Aprofundar o debate sobre o conhecimento produzido pelos pesquisadores, professores e alunos sobre os processos de inclusão e de acessibilidade que contribuem para a promoção humana;
  • Possibilitar interlocução entre as instituições de ensino e pesquisa do País, da Região e do Estado que se fizerem presentes, compartilhando suas experiências
·         Apresentar resultados de pesquisa;
·         Criar um espaço de debate estadual sobre as novas tecnologias
·         Contribuir com novas alternativas para o governo e Sociedade Civil em relação à inclusão social e escolar de pessoas com deficiência
III.   Descrição das principais atividades a serem desenvolvidas
Pela primeira vez na região, o evento reunirá fabricantes de equipamentos e tecnologias para pessoas com deficiências, discutirá leis e melhorias na qualidade de vida, abordará tecnologia assistiva e acessibilidade, geração de empregos e tantos outros assuntos que são do interesse de um numeroso e, invariavelmente, esquecido público que soma quase 27 milhões de cidadãos brasileiros. A feira será destinada não somente a pessoas com deficiências, mas também a seus familiares, e profissionais do setor de inclusão, reabilitação, acessibilidade, educação e tantos outros.
Serão realizadas várias atividades, além da exposição em stands dos protótipos e produtos desenvolvidos, tais como: Conferências, Palestras com debates, workshops, Mesas Temáticas e Apresentação de trabalhos. A feira mostrará as inovações tecnológicas nessa área servindo como vitrine para as discussões teóricas e práticas que se desenvolvem no universo acadêmico.
Os conteúdos de todas as atividades devem atender aos objetivos e temáticas do evento, obedecendo, em cada tema e em cada uma das atividades, o seguinte roteiro:
1-     Contexto que estabeleceu a temática como objeto da ciência.
2-     Principais estudos e expoentes (cientistas) na área.
3-     Estudos e obras fundamentais no campo científico.
4-     Contribuições práticas (no caso das oficinas (workshops) ou experimentos, produtos ou processos) implicados.
Será deflagrado um concurso de inovação tecnológica em tecnologia assistiva onde alunos do ensino médio, superior e pesquisadores serão estimulados a apresentar trabalhos nas categorias:
1.Tecnologias Assistivas para deficiência Visual;
2. Tecnologias Assistivas para deficiência auditiva,
3. Tecnologias Assistivas para deficiência física,
4. Tecnologias Assistivas para deficiência múltipla,
5. Tecnologias Assistivas para deficiência Intelectual e
6. Tecnologias Assistivas para deficiência psicosocial.

IV.           Descrição das regras e processos para recebimento de inscrições, avaliação e seleção dos trabalhos científicos
Será instituído o Prêmio de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade da Região Norte
Os trabalhos serão avaliados por um comitê de pesquisadores da área e serão premiados conforme critérios estabelecidos pelo comitê considerando relevância, adequação ao nível escolar do expositor, aplicabilidade e possibilidades de parceria com empresas para desenvolvimento dos produtos.
O Prêmio de Inovação e Inclusão Social será para reconhecer e divulgar esforços inovadores realizados por inventores paraenses e brasileiros nessa área.
Além de alunos iniciantes à pesquisa, podem se inscrever empresas e instituições inovadoras que desenvolvem soluções em forma de produtos, processos, metodologias e/ou serviços novos ou significativamente modificados.

Critérios:
Podem concorrer ao prêmio alunos do ensino médio ou superior, pesquisadores de Instituições públicas ou privadas, OSCIPs e Organizações Não Governamentais (ONG) com sede no País e no estado e que tenham a inovação como elemento relevante em suas estratégias de atuação.

Premiações:
Premiar os trabalhos científicos, as experiências, os protótipos e os produtos apresentados é uma das formas que será utilizada para apoiar a produção acadêmica e não-acadêmica voltada às necessidades das pessoas com deficiências. Os prêmios serão divididos em 06 categorias com 03 subcategorias, conforme a descrição abaixo:

Categoria
Podem Participar
Tecnologias Assistivas para Deficiência Visual
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Auditiva
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Intelectual
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Física
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Múltipla
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Psicosocial
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área

As tecnologias podem ser produtos, técnicas ou metodologias, reaplicáveis, desenvolvidas em interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de inclusão social.

Os vencedores receberão certificados, direito a publicação e será articulado com empresas que tenham interesse em desenvolver os produtos.
V.  Descrição dos resultados esperados e dos segmentos beneficiados pelas atividades;
Ø  Incentivar trabalhos interdisciplinares e a atitude investigativa, buscando estimular o trabalho colaborativo e as atividades de iniciação científica;
Ø  Exibir pesquisas e protótipos das inovações;
Ø  Difundir o conceito da Tecnologia Assistiva para pessoas com deficiência;
Ø  Viabilizar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre pesquisadores;
Ø  Divulgar e promover as tecnologias de serviços e produtos já expostos no país;
Ø  Difundir experiências inovadoras, como um instrumento facilitador no processo de inclusão social e profissional das pessoas com deficiência.
Ø  Possibilitar interlocução entre as instituições de ensino e pesquisa do País, da Região e do Estado que se fizerem presentes, compartilhando suas experiências
Ø  Apresentar resultados de pesquisa;
Ø  Criar um espaço de debate estadual sobre as novas tecnologias
Ø  Contribuir com novas alternativas para o governo e Sociedade Civil em relação à inclusão social e escolar de pessoas com deficiência
Ø  Levantar perspectivas alternativas de recursos de tecnologia assistiva para favorecer a inclusão social, no trabalho e na escolar;
Ø  Fortalecer ações de inovação na área da inclusão social.

Terapia Celular

Prezados Colegas
 
Somos  um grupo de médicos, neurologistas, hematologistas e clinicos da  T CELL  , voltados ao tratamento e estudo das células tronco sendo um dos nossos projetos o tratamento do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico na fase aguda e subaguda.. Estamos desenvolvendo um protocolo de tratamento na cidade de São José do Rio Preto, SP baseado em terapia citoendógena com o fator de crescimento de células. Somos uma referência na área de Terapia celular com experiência no Transplante de Células – tronco Hematopoéticas. Para maiores informaçoes e colaboração para auxílio a estes pacientes nos colocamos a disposiçao para esclarecimento através do blog  www.terapiacelular.wordpress.com ou pelo telefone 017-81548767.
 
T CELL , terapia celular e terapias avançadas

 

III Simpósio de Reabilitação Neurofuncional- Avanços na abordagem do paciente com lesão medular



A Liga de Fisioterapia Neurológica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) está organizando o III Simpósio de Reabilitação Neurofuncional- Avanços na abordagem do paciente com lesão medular.
Data: 25, 26 e 27 de março de 2011
Local: Espaço cultural da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - campus (antiga capela)
O evento contará com palestrantes renomados na área, trazendo técnicas como suspensão de peso, biofeedback, PNF, eletroestimulação.
Além de compartilhar a experiência de centros de reabilitação referência como AACD, Lucy Montoro e CRER.
Contará com a presença de profissionais que compõem a equipe multiprofissional, como médico, enfermeiro e terapeuta ocupacional, abordando os diversos aspectos da lesão medular: no adulto, na criança, os distúrbios respiratórios, etc.
Participe e envie seu trabalho (o prazo para envio foi prorrogado)
Área: Neurologia clínica e experimental (Não precisa ser de Lesão medular)
email para envio de trabalho: simposiotrm.usp@gmail.com
Informações: lfn.fmrp.usp@gmail.com
site: http://www.fmrp.usp.br/simposiolfn/

Os preços irão subir em breve, garanta já sua vaga!!
Att,
Diretoria LFN

Liga de Fisioterapia Neurológica
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Terapia Ocupacional na reabilitação pós- AVC


Por Daniel Marinho Cezar da Cruz
e Cristina Yoshie Toyoda
O que é terapia ocupacional? 
Entender a ação da terapia ocupacional com pacientes pós-AVC requer uma compreensão sobre a ocupação humana e a pessoa (paciente ou cliente) que desempenha atividades diárias. Todo ser humano tem uma rotina diária, ou seja, realiza atividades todos os dias. Cada pessoa traz consigo hábitos peculiares, o que caracteriza um cotidiano de relação consigo próprio e com as outras pessoas, dentro de um contexto. Difícil de entender?
Imagine que, ao acordar, você faz pequenas atividades, tais como, rolar e levantar da cama, lavar o rosto, escovar os dentes, vestir-se, tomar banho, pentear os cabelos e reflita que, essas atividades, e outras de cuidado consigo próprio, quando reunidas, representam uma ocupação humana. Nesse caso, a ocupação de autocuidado.
Da mesma forma, se pensarmos em atividades como digitar uma petição, explicar uma legislação, defender um determinado processo, reunir documentos legais, estamos falando de um grupo de atividades que se reúnem e configuram uma ocupação de trabalho, que é a de ser um advogado.
Atividades como caminhar na praça, frequentar um shopping, assistir a um filme ou a uma peça de teatro são também ações que, quando reunidas, podem representar uma ocupação de lazer. As crianças, muitas vezes, brincam sozinhas, com seus pais, com outras crianças, brincam de faz-de-conta, brincam explorando, brincam com jogos de regras e todas essas atividades constituem uma ocupação de brincar.
Logo, pensando dessa forma, todo ser humano realiza atividades que são importantes e significativas para si, que fazem parte de seu contexto diário, e que as representam enquanto seres que desempenham papéis ocupacionais no meio em que vivem ou estão inseridos, ou seja, em casa e na comunidade.
Para pensar no tratamento, da terapia ocupacional para pacientes pós-AVC, é preciso entender o impacto que a lesão/deficiência provoca nas ocupações diárias da pessoa. Vamos tentar? Você já pensou em como seria se você, um dia, não conseguisse utilizar uma de suas mãos para abotoar uma camisa? Experimente como seria abraçar uma pessoa com apenas um braço. Tente cortar um bife com apenas uma mão. Tente segurar uma criança no colo, usando apenas um braço. E se, um dia, você esquecer do dia de pagamento das contas? Confundir-se com a leitura de um jornal? Em todas essas situações, provavelmente, você enfrentará dificuldades e constrangimentos, não é verdade?
Pacientes que sofreram um AVC necessitam de cuidados especializados de diferentes profissionais da área da saúde. Os cuidados da terapia ocupacional têm por objetivo, engajar esses pacientes em atividades que são significativas e importantes para eles, com a finalidade de retorno à independência, à autonomia (capacidade de exercer escolhas e de tomar decisões, por si próprio) e na participação social. As áreas ocupacionais envolvem as atividades básicas da vida diária (de auto-cuidado) e instrumentais (de resolução de problemas complexos e cuidados com o outro), bem como o trabalho, o estudo, o brincar, o lazer e a participação social. Essas áreas podem variar de acordo com a idade da pessoa, o tipo de atividades que realiza, suas preferências, rotina, hábitos, dentre outros. Para o terapeuta ocupacional, interessa o desempenho do ser humano em suas funções e ações do cotidiano.

Tratamento de reabilitação em terapia ocupacional
O terapeuta ocupacional, através da análise de atividades do dia a dia das pessoas que sofreram um AVC, está apto a identificar, avaliar e treinar o paciente, para retornar à vida independente, dentro das possibilidades para cada caso, e utilizando métodos e técnicas da área da saúde e específicas da terapia ocupacional.
Por meio dessa análise de atividades, o terapeuta ocupacional, em conjunto com o paciente (quando possível), família e cuidador, avalia, planeja, realiza a intervenção, reavalia para medir/verificar os resultados e pode redirecionar o tratamento para novos objetivos, dando continuidade ao processo da terapia ocupacional.
Podemos destacar aqui algumas fases da intervenção em terapia ocupacional. Devemos ressaltar que os comentários de cada fase são possibilidades para cada caso e não podem ser considerados como regras rígidas, “receita pronta”, ou manuais a serem seguidos.

Fase hospitalar
D urante a internação, um paciente com AVC poderá ser assistido por um terapeuta ocupacional, desde que haja prescrição médica e liberação para esse tipo de serviço. Nessa fase, ainda no leito, o profissional poderá atuar no posicionamento correto do braço (membro superior comprometido) e perna (membro inferior comprometido) fazendo uso de travesseiros, rolinhos, métodos de posicionamento correto do ombro afetado e, quando indicado, posicionando a mão afetada com um equipamento feito com material especial, confeccionado na medida da mão do paciente, que se chama órtese. A fase hospitalar tem por objetivo posicionar corretamente a mão do paciente, contribuindo assim para evitar edemas (inchaço), deformidades (padrões anormais da mão) e, também, serve como importante estímulo ao reconhecimento do lado afetado. O tipo de órtese e sua confecção podem ser feitos por um terapeuta ocupacional especialista na área.
Ainda no hospital, o terapeuta ocupacional pode orientar a família e o cuidador para posicionar objetos, móveis, televisão, bem como conversar e tocar o paciente no lado afetado do corpo, a fim de estimular esse paciente precocemente. Orientações importantes são: não puxar o paciente pelo braço afetado e tomar cuidado com o braço pendente durante as trocas de postura, ou seja, durante a passagem da posição sentada para a de pé, e vice-versa. Quando o paciente está em atividades como alimentação, banho, vestuário e leitura de um jornal é necessário posicionar a mão no campo de visão para que ele visualize o braço comprometido. Muitos pacientes com AVC não sentem o braço como sentiam antes da lesão, portanto, é importante estimular o braço todo nas atividades diárias: na hora do banho, ao usar uma esponja; e, ao se enxugar, utilizando uma toalha felpuda. Também pode-se estimular o braço com objetos de texturas diferentes, tais como algodão, tecidos macios e mais rugosos, escova de cabelo com cerdas macias, como as feitas para bebês, e realizar massagens com cremes, para que o retorno da sensibilidade ou sua adequação possam ocorrer. Essa estimulação deve ser dosada com poucos estímulos e de forma gradativa pelo terapeuta ocupacional. No caso de pacientes que possam colaborar, pode-se pedir que eles mesmos procedam à estimulação, com devida orientação.
Cabe salientar que esses pacientes podem apresentar outras alterações, às quais têm relação com as áreas cerebrais lesionadas, como: alterações perceptuais (dificuldade de entender determinado estímulo como, por exemplo, a luz verde de um semáforo, seu processamento, isto é, o significado da cor verde, dentro do contexto de sinalização de semáforo e emissão de respostas, ou seja, entender que quando a luz está verde, pode seguir); dificuldades de comunicação como as afasias (para compreender comandos e para expressar-se); disartrias (dificuldade de articular as palavras corretamente); dificuldades de planejamento ou de execução das ações – as apraxias; o não reconhecimento do espaço ou do corpo do lado afetado – a negligência; dentre outras alterações, que implicam na avaliação e intervenção por diversos profissionais da equipe de reabilitação.
Inicialmente, quanto aos aspectos físicos do corpo, o braço poderá apresentar-se flácido, ou seja, mole e sem movimentos, e com a evolução neurológica tornar-se espástico (mais tenso, rígido). Parte das técnicas para melhorar e auxiliar na recuperação do paciente envolve uma adequação do tônus muscular (estado de tensão superficial do músculo, que conseguimos sentir somente palpando o braço com as mãos) e poderá ser feita com movimentos leves e suaves, realizados pelo terapeuta ocupacional precocemente, ou com o uso de outras técnicas específicas utilizadas para o tratamento de alterações neurológicas.
Problemas como subluxações de ombro (afastamento do osso de sua cavidade ou superfície articular) devem ser identificadas para tratamento precoce. Entretanto, essas técnicas têm por objetivo final o ganho de funções no braço, para que o paciente consiga utilizá-lo novamente em suas ocupações.
É comum, na fase hospitalar, a ansiedade da família. É preciso compreender que, muitas vezes, o paciente pode estar apenas confuso e não responder como é desejado. Isso pode acontecer em função de muitos fatores, tais como, o efeito de medicações, pela alteração de sua rotina e pela própria lesão. Portanto, pode-se esperar que cada paciente responda a seu tempo. Reduzir o número de visitas pode auxiliar nos primeiros momentos. Perguntar uma coisa de cada vez, e aguardar a resposta, também é fundamental.
O terapeuta ocupacional tem papel essencial na estimulação sensório-motora e cognitiva/intelectual-perceptual. Essas estimulações ocorrem através do desempenho ocupacional, quando possível. Outras formas de estimulação envolvem o uso de jogos de memória, cartas, dominó, desde que faça parte do contexto do paciente. É importante não utilizar jogos infantis ou frases que possam ridicularizar o paciente.
O ambiente hospitalar também pode ser um potente meio para estimulação. Exemplos interessantes envolvem orientar o paciente com estímulos de objetos pessoais, que fazem parte de seu contexto, como um relógio de uso pessoal colocado no lado afetado, relógio de parede (de preferência do próprio paciente); o uso de calendários e músicas de sua preferência; a realização de leituras e o hábito de informar o paciente sobre assuntos atuais, desde que façam parte do contexto de vida anterior do paciente. Logo, é preciso respeitar o estilo de vida de cada um.
Para os casos em que a capacidade de andar ficou prejudicada, ainda em fase hospitalar, pode ser pensada a prescrição de uma cadeira de rodas, para auxiliar durante a fase de reabilitação, no retorno ao lar e para atividades que exijam um longo deslocamento. Utilizar uma cadeira de rodas não significa, necessariamente, que esses pacientes não poderão andar novamente, mas que esse poderá ser um recurso facilitador durante o processo de reabilitação global, permitindo ao paciente ir às terapias. Um terapeuta ocupacional, eventualmente, avaliará a postura sentada na cadeira e indicará, se for preciso, sua adequação com adaptações, para que o paciente assuma a melhor postura sentada e realize suas atividades com conforto.
A ansiedade pela recuperação imediata pode ocasionar o desejo de estimulações todos os dias e a toda hora; entretanto, deve-se dosar os estímulos, uma vez que o paciente pode necessitar de um tempo maior para assimilá-los de forma adequada. Convém ressaltar que, para qualquer estimulação, é preciso selecionar cuidadosamente os estímulos, graduá-los de acordo com a condição do paciente. Estímulos em excesso, para um paciente confuso, podem não ter um bom efeito em sua reabilitação.
Um terapeuta ocupacional poderá orientar familiares e cuidadores sobre um programa de estimulação específico para cada paciente.

Reabilitação em domicílio, ambulatório ou centro especializado
Esta fase abrange os cuidados relacionados ao treino funcional, para retorno às atividades da vida diária e demais áreas ocupacionais de desempenho que o paciente deseja e precisa. Para tanto, um dos focos, a fim de que o paciente consiga a independência, é a reabilitação do braço (membro superior). São empregadas técnicas de terapia da mão em que podem ser feitos exercícios de habilidade manual, que abrange o alcançar os objetos (de diferentes tamanhos, formas, peso, textura e cores), pegá-los, mantê-los nas mãos (realizar diferentes modalidades de preensão fina, ou seja, a pinça com o polegar), manipulá-los e soltá-los em diferentes posturas (deitado de lado, sentado, de pé) e em diferentes direções (acima, abaixo ao lado, à frente, atrás), com uma ou duas mãos, ou de forma alternada, com os olhos fechados ou abertos, fazendo repetidas vezes, dentre outros. Esse tipo de tratamento tem por propósito restaurar as funções do braço ao máximo possível, para que paciente consiga utilizá-lo novamente em suas atividades diárias como abotoar a camisa, amarrar o sapato, digitar no teclado do computador (funções manuais).
As atividades da vida diária são diversas ações realizadas no dia a dia. A atuação do terapeuta ocupacional tem por objetivo facilitar o envolvimento da pessoa nas atividades que são de seu interesse e, para isso, existem formas diversas de orientação, sugestões, equipamentos e atendimento ao paciente pós-AVC. Essas atividades, também chamadas de atividades básicas da vida diária, incluem os cuidados da pessoa com o próprio corpo como: tomar banho, escovar dentes, pentear os cabelos, fazer a barba, passar batom, cuidar das unhas, colocar adereços, como relógio, brincos e vestuários, alimentação, controle da bexiga e do intestino, uso adequado do vaso sanitário ou de outros materiais necessários para urinar e evacuar (como sondas, papagaio, fraldas, administração de laxantes, etc.), conseguir de movimentar na cama, andar, seja com uso de equipamentos como cadeira de rodas, muletas, bengalas e andadores, atividades sexuais (como orientações de posicionamento para relações com parceiro (a), técnicas de colocação de preservativo, etc). Essas atividades podem ser treinadas e vivenciadas na terapia ocupacional.
Outras atividades mais complexas também são enfocadas e são chamadas de atividades da vida diária instrumentais. Estas incluem o cuidado com o outro (por exemplo, selecionar quem vai ser o cuidador), cuidar de crianças, de animais, fazer uso de telefone, computadores e equipamentos do dia a dia, o atendimento a casos de emergências (como e o que fazer em situação de acidentes ou riscos eminentes), planejar o que comprar em uma loja, planejar e fazer uma refeição, utilizar dinheiro corretamente, administrar as próprias contas bancárias, dentre outros.
O terapeuta ocupacional, especialista na análise de atividades, poderá decidir junto com o paciente sobre as formas de desempenhar as atividades com independência. Um paciente com sequelas de um AVC poderá apresentar dificuldades com o uso de um braço, ou dependendo do tipo de lesão, com os dois braços. Mesmo assim, a ideia é que o paciente realize as atividades diárias habituais da forma como as fazia antes da lesão. Caso isso não seja possível, soluções para fazer as atividades de formas diferentes podem ser sugeridas (adaptação do método de realização da tarefa). Por exemplo, a escovação dos dentes pode ser feita com o braço saudável e a mão afetada usada como auxiliar em algumas etapas (manter a pasta de dente na mão afetada enquanto a outra segura a escova de dentes).
Se o paciente encontra dificuldades, mesmo modificando a forma de realização da atividade, então poderá ser indicado o uso de equipamentos assistivos (dispositivos) que facilitam o desempenho. Esses dispositivos podem ser confeccionados pelo terapeuta ocupacional, ou encontrarem-se disponíveis para compra no mercado, e há também a possibilidade de modificar os recursos existentes para personalizá-los a cada paciente. Essas adaptações poderão ser temporárias, retiradas de acordo com o a melhora do paciente. Por exemplo, um paciente não consegue escovar a prótese dentária porque não consegue manter a peça em sua mão. Uma forma de adaptação é encaixar uma escova na mão comprometida e, com a saudável, realizar os movimentos para limpeza dos dentes. É fundamental destacar que a independência dos pacientes em sua vida diária é um indicador de uma boa reabilitação, portanto, incentivar precocemente o desempenho é uma forma de estimulação singular.
Orientações aos cuidadores (todos os que cuidam do paciente diariamente) são essenciais. Os cuidadores precisam ser orientados e treinados a auxiliar o paciente no retorno à independência. Nas fases iniciais após o AVC é esperado um nível baixo de independência do paciente e maior grau de ajuda do cuidador; entretanto, esse auxílio deve ser reduzido, na medida em que o paciente alcança maior independência e evolui em suas capacidades. As ajudas físicas podem ser reduzidas gradativamente e, posteriormente, poderá ser necessária somente uma supervisão, para evitar riscos à saúde do paciente.
Uma visita domiciliar poderá ser realizada na fase hospitalar ou durante a reabilitação. A visita tem por objetivo reorganizar a rotina ocupacional do paciente (verificar e propor orientações sobre quais atividades o paciente realiza em casa no seu dia a dia). No ambiente domiciliar poderá ser necessário adaptar alguns espaços com o objetivo de reduzir quedas, favorecer a função com independência, segurança e eficiência. Exemplos de adaptações ambientais são: colocar barras nos banheiros; elevar o assento do vaso; eliminar tapetes, degraus e batentes; colocar iluminação adequada e alarmes para casos de emergência, bem como telefones ao alcance do paciente; dentre outros recursos. Em alguns casos, a reorganização do ambiente (como a disposição dos móveis) é o suficiente.
A reabilitação do paciente pós-AVC é sempre um desafio, um exemplo claro disso está no relato de caso de uma paciente que foi atendida seis dias após a lesão, por meio de visitas domiciliares, três vezes por semana. A avaliação realizada mostrou que o lado direito do corpo estava comprometido, com dificuldades para fazer atividades cotidianas, tais como, tomar banho, vestir-se, preparar os alimentos e lavar roupas. Os movimentos estavam lentos e a paciente relatava adormecimento em todo lado direito do corpo que a impediam de saber se estava segurando ou não, um objeto ou material. A paciente trabalhava numa casa de família, a qual permitiu que os atendimentos fossem realizados durante o horário de trabalho.
No início, as atividades foram centradas na recuperação da sensibilidade, com uso de grãos disponíveis na casa (arroz, feijão, milho) e outros que foram levados (sagu, areia fina e bolinhas de isopor). Foram dadas orientações para realização de tarefas cotidianas com uso de adaptações (uso de apoio para lavar panelas e vasilhas grandes), uso de sabonete envolto em esponja para não escorregar da mão, tábua de cortar frutas e legumes com prego de aço para fixá-los, também orientamos estimulação sensorial na atividade de banho. Foram planejadas atividades graduadas (como macramê) com uso de fios de grosso calibre (sisal de quatro cabos) para movimentação ampla envolvendo duas mãos e para que a paciente pudesse ter contato com diferentes texturas dos fios que foram se tornando cada vez mais finos, com objetivo de trabalhar a coordenação motora fina e velocidade de movimentos. Ao final de quatro meses a paciente conseguiu fazer todas as funções que desempenhava antes, sem dificuldades.

Considerações finais
O terapeuta ocupacional tem papel importante na equipe de reabilitação de pacientes pós-AVC. Sua contribuição tem por objetivo favorecer o retorno à independência do paciente em suas atividades cotidianas, trabalho e lazer, com autonomia e com a participação social em casa e na comunidade. Essa atuação não ocorre de forma isolada, mas em conjunto com a equipe multiprofissional, da qual poderão fazer parte o fisiatra, o fisioterapeuta, o fonoaudiólogo, o psicólogo, o neuropsicólogo, dentre outros, de acordo com a necessidade de cada paciente. Acima de tudo, é preciso respeitar o paciente em cada fase do tratamento e enxergar cada ganho como mais um passo no processo de reaprender a ser independente e participativo. 

Daniel Marinho Cezar da Cruz é t erapeuta ocupacional, tem residência em reabilitação física pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), foi terapeuta ocupacional da AACD e do Hospital Israelita Albert Einstein. Atualmente é professor assistente do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). E-mail: cruzdmc@gmail

Cristina Yoshie Toyoda é terapeuta ocupacional, professora doutora do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
Referência do artigo: 
CRUZ, D.M.C.; TOYODA, C.Y. Terapia ocupacional no tratamento do AVC. ComCiência (UNICAMP), v. 109, p. 01-05, 2009.