quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

I FEIRA PARAENSE DE TECNOLOGIA ASSISTIVA, ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO EM TECNOLOGIA ASSISTIVA E ACESSIBILIDADE
29 e  30 de Setembro e 01 de Outubro de 2011
Promoçâo: NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO EM TECNOLOGIA ASSISTIVA E ACESSIBILIDADE
Local: CENTRO INTEGRADO DE INCLUSÃO E CIDADANIA
Avenida Almirante Barroso, nº 1765
BELÉM - PARÁ
Informações: 91-3277.1909 /91.99850584



 I.              Caracterização da proposta
O avanço da tecnologia tem nos proporcionado dimensionar novos rumos para a inclusão social de pessoas com deficiências, oportunizando, através da  utilização   de dispositivos,  aumentar  habilidades, capacidades funcionais e estimular a independência  dessas pessoas  em vários níveis funcionais.
Deste modo a Tecnologia Assistiva é considerada como um sistema de componentes (cliente, dispositivo de assistência tecnológica e o meio ambiente) e pode ser definida como sendo qualquer instrumento, equipamento ou sistema de modelo, utilizado para aumentar ou melhorar as capacidades funcionais do indivíduo com incapacidade. Portanto, a tecnologia assistiva é um instrumento pela qual, podemos aumentar ao máximo a independência, minimizar as incapacidades e manter habilidades.
O Núcleo de desenvolvimento em tecnologia assistiva e acessibilidade  - NEDETA da Universidade do Estado do Pará  propõe estudar e implementar através da pesquisa  novos dispositivos de ajudas técnicas,  substituindo a tecnologia importada por tecnologia brasileira e regionalizada, visando a melhoria no processo de (re) habilitação global, contribuindo para a inclusão de pessoas com deficiência. Como parte da ações desse núcleo é a promoção de eventos para estimular a pesquisa, produção de conhecimento e o desenvolvimento de produtos.
O evento visa reunir e expor invenções e novidades tecnológicas que facilitam a vida das pessoas com deficiência e contribuem para a ampla inclusão social, vem ao encontro das políticas públicas sobre inclusão, com a Lei de Acessibilidade no. 5296/2004 e a Lei da Inovação tecnológica no. 10.973/2004, pois o processo de inclusão está sendo debatido implantado através do MEC. A Declaração de Salamanca (1994) deflagrou esse processo onde foram preconizadas as diretrizes da Educação para Todos, que tomaram força as discussões acerca da Escola Inclusiva. Esta proposta está respaldada na Lei nº 9.394/96 – de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN, que define como dever do Estado o “atendimento educacional especializado aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino” (Artigo n° 4, III), norteando as políticas educacionais oferecendo a base legal para a propagação da Educação Inclusiva, e as ações que se seguiram.
Estas diretrizes e atos devem observar, no mínimo, os seguintes aspectos fundamentais:
È indispensável que os estabelecimentos de ensino eliminem suas barreiras arquitetônicas, pedagógicas e de comunicação, adotando métodos e práticas de ensino escolar adequadas às diferenças dos alunos em geral, oferecendo alternativas que contemplem a diversidade dos alunos, além de recursos de ensino e equipamentos especializados; que atendam a todas as necessidades educacionais dos educandos, com e sem deficiências, por isso é necessário lançar mão de tecnologias inovadoras que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas deficientes (documento do Ministério Público Federal, 2004).
No Brasil, ainda, dispomos de poucos recursos e equipamentos nessa área; por isso, precisamos, cada vez mais, investir na inovação de recursos tecnológicos com vistas à substituição das tecnologias importadas. Podemos aproveitar a Lei da Inovação para atender a demanda de produção de tecnologia voltada para essa área. Portanto o evento está em conformidade com as atuais propostas dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia no que diz respeito ao processo de inclusão social e escolar das pessoas com deficiência e de Inovação Tecnológica e pretende discutir com pesquisadores e profissionais que trabalham em diversos locais do país com as tecnologias assistivas.
As tecnologias assistivas são parte fundamental da reabilitação, aumentando a capacidade funcional de pessoas com deficiências, as chances de participação na sociedade e a qualidade de vida. Elas são, portanto, instrumentos importantes de transformação da realidade das pessoas com deficiência, e aumentam a efetividade da reabilitação, contribuindo para maior inclusão social, integração nas tarefas escolares e retorno ao trabalho.
Em 2006 ocorreu I Fórum de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social da Pessoa Deficiente onde houve a instalação, oficialmente, do Núcleo de Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade-NEDETA (Projeto aprovado pela FINEP REF. 4249/05, publicado no Diário Oficial da União no dia 30/12/2005), constituindo-se no primeiro momento de capacitação da equipe e divulgação do projeto, pois contou com a presença de diversos especialistas em Tecnologia Assistiva e de várias autoridades representando diversos segmentos sociais, políticos e educacionais (MEC, MCT, FINEP, SEDUC, SEMEC, CENPRA, UERJ, UFRGS, USP, UFPE, UFES, UFPA etc.) assim como uma programação bastante diversificada. Este evento contou com parcerias e apoio de várias instituições como: ACDA, CEDI, UEPA, SEDUC/Pa, SESPA, SECTAM etc. Em 2008, foi realizado o segundo fórum contando com um maior número de pesquisadores, inclusive internacionais, do estado de Missouri/USA e do estado da Flórida/USA. A partir dos dois eventos foram publicados os anais em CDROM e os melhores trabalhos transformados em livros.
Também em 2006, em Curitiba ocorreu I Seminário Nacional de Promoção de Inclusão Mediada pelas Tecnologias Assistivas que teve origem no Projeto de Intercâmbio CAPES/FIPSE - U.S.-Brazil Higher Education Consortia Program[1] cujo início se deu em 01/09/2003 com o título de  Promovendo a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais na sociedade através de tecnologia assistivas: soluções culturalmente apropriadas (Promoting the Inclusion of Persons with Disabilities in Society Through Assistive Technology: Culturally Appropriate Solutions ).  Tendo por base a colaboração entre instituições de educação
superior nos Estados Unidos - Temple University, na Pensilvânia (instituição líder) e Bridgewater State College em Massachusetts-  e, no Brasil, a Universidade Federal da Bahia (instituição líder), na Bahia e a Universidade Tuiuti do Paraná, no Paraná, e Universidade do Estado do Pará, o foco principal dessa parceria é o intercâmbio entre estudantes de graduação dos dois países visando desenvolver a capacitação de futuros profissionais da Educação para a inclusão de indivíduos com deficiências na sociedade com o auxílio da tecnologia assistiva, em especial, as Tecnologias de Informação e Comunicação, com autonomia no exercício de atividades escolares e no exercício de sua cidadania. Em 2007, 2008 e 2009, ocorreram os II, III e IV seminários com participação cada vez mais ampliada de pesquisadores, tanto de instituições americanas quanto de várias instituições públicas de ensino superior de várias regiões do País. Em 2009, o IV Seminário Nacional de Promoção de Inclusão Mediada pelas Tecnologias Assistivas teve palestras e mini-cursos coordenados por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Da Universidade Federal da Bahia, da Universidade do Estado do Pará, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, e entre outros convidados ligados a secretárias de Estado de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Paraná. Os resumos foram publicados em Anais e também foram publicados os textos completos em CDROM, com ISBN. A partir da IV edição Nacional do Seminário, tem-se um número de ISSN registrado no IBCT. Como desdobramento desse evento, um dossiê de textos pós-evento está em fase de revisão para publicação em periódico científico. Decidiu-se, que a partir de 2010, portanto, da sua quinta edição, que o Seminário Nacional de Promoção de Inclusão Mediada pelas Tecnologias Assistivas será itinerante pelas três instituições promotoras, sendo neste ano, sediado pela Universidade do Estado do Pará, em Belém; e em 2011, na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, voltando para a Universidade Tuiuti do Paraná, em Curitiba, em 2012.
Em 2010, agora em novembro, realizamos o III Fórum de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social da Pessoa Deficiente, V Seminário Nacional de Promoção de Inclusão Mediada pelas Tecnologias Assistivas e o VI Simpósio Paraense de Paralisia Cerebral com o apoio do CNPQ com uma programação bastante rica e diversificada constando de 02 conferências, 04 mesas redonda, 05 mesas temáticas, 09 mini cursos, 07 workhops, e a apresentação de 75 trabalhos científicos, que foram colocados em anis impressos e digital. Esses eventos contou com 260 inscritos. No entanto sentiu-se a necessidade de um espaço para apresentação de uma mostra de trabalhos onde possam ser expostos os resultados, protótipos e os produtos já desenvolvidos por estudantes e pesquisadores.

II.            Objetivos:

Geral:
Mobilizar a população, em torno de temas e atividades de ciência e tecnologia (C&T) voltados para a Tecnologia Assistiva, acessibilidade para a inclusão de pessoas com deficiência, valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. Pretende também chamar a atenção para a importância da Tecnologia Assistiva para a vida das pessoas com deficiência, assim como estimular jovens pesquisadores para produzir conhecimento e desenvolver protótipos e produtos nessa área, conhecer e discutir os resultados, a relevância e o impacto das pesquisas científicas e da tecnologia e suas aplicações para a inclusão social.
·         Incentivar trabalhos interdisciplinares e a atitude investigativa, buscando estimular o trabalho colaborativo e as atividades de iniciação científica;
·         Exibir pesquisas e protótipos das inovações;
·         Disseminar a importância do estimulo à pesquisa e desenvolvimento de Tecnologia Assistiva no Brasil e no Estado do Pará;
·         Difundir o conceito da Tecnologia Assistiva para pessoas com deficiência;
·         Viabilizar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre pesquisadores;
·         Divulgar e promover as tecnologias de serviços e produtos já expostos no país;
·         Difundir experiências inovadoras, como um instrumento facilitador no processo de inclusão social e profissional das pessoas com deficiência.
·         Aprofundar o debate sobre o conhecimento produzido pelos pesquisadores, professores e alunos sobre os processos de inclusão e de acessibilidade que contribuem para a promoção humana;
  • Possibilitar interlocução entre as instituições de ensino e pesquisa do País, da Região e do Estado que se fizerem presentes, compartilhando suas experiências
·         Apresentar resultados de pesquisa;
·         Criar um espaço de debate estadual sobre as novas tecnologias
·         Contribuir com novas alternativas para o governo e Sociedade Civil em relação à inclusão social e escolar de pessoas com deficiência
III.   Descrição das principais atividades a serem desenvolvidas
Pela primeira vez na região, o evento reunirá fabricantes de equipamentos e tecnologias para pessoas com deficiências, discutirá leis e melhorias na qualidade de vida, abordará tecnologia assistiva e acessibilidade, geração de empregos e tantos outros assuntos que são do interesse de um numeroso e, invariavelmente, esquecido público que soma quase 27 milhões de cidadãos brasileiros. A feira será destinada não somente a pessoas com deficiências, mas também a seus familiares, e profissionais do setor de inclusão, reabilitação, acessibilidade, educação e tantos outros.
Serão realizadas várias atividades, além da exposição em stands dos protótipos e produtos desenvolvidos, tais como: Conferências, Palestras com debates, workshops, Mesas Temáticas e Apresentação de trabalhos. A feira mostrará as inovações tecnológicas nessa área servindo como vitrine para as discussões teóricas e práticas que se desenvolvem no universo acadêmico.
Os conteúdos de todas as atividades devem atender aos objetivos e temáticas do evento, obedecendo, em cada tema e em cada uma das atividades, o seguinte roteiro:
1-     Contexto que estabeleceu a temática como objeto da ciência.
2-     Principais estudos e expoentes (cientistas) na área.
3-     Estudos e obras fundamentais no campo científico.
4-     Contribuições práticas (no caso das oficinas (workshops) ou experimentos, produtos ou processos) implicados.
Será deflagrado um concurso de inovação tecnológica em tecnologia assistiva onde alunos do ensino médio, superior e pesquisadores serão estimulados a apresentar trabalhos nas categorias:
1.Tecnologias Assistivas para deficiência Visual;
2. Tecnologias Assistivas para deficiência auditiva,
3. Tecnologias Assistivas para deficiência física,
4. Tecnologias Assistivas para deficiência múltipla,
5. Tecnologias Assistivas para deficiência Intelectual e
6. Tecnologias Assistivas para deficiência psicosocial.

IV.           Descrição das regras e processos para recebimento de inscrições, avaliação e seleção dos trabalhos científicos
Será instituído o Prêmio de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade da Região Norte
Os trabalhos serão avaliados por um comitê de pesquisadores da área e serão premiados conforme critérios estabelecidos pelo comitê considerando relevância, adequação ao nível escolar do expositor, aplicabilidade e possibilidades de parceria com empresas para desenvolvimento dos produtos.
O Prêmio de Inovação e Inclusão Social será para reconhecer e divulgar esforços inovadores realizados por inventores paraenses e brasileiros nessa área.
Além de alunos iniciantes à pesquisa, podem se inscrever empresas e instituições inovadoras que desenvolvem soluções em forma de produtos, processos, metodologias e/ou serviços novos ou significativamente modificados.

Critérios:
Podem concorrer ao prêmio alunos do ensino médio ou superior, pesquisadores de Instituições públicas ou privadas, OSCIPs e Organizações Não Governamentais (ONG) com sede no País e no estado e que tenham a inovação como elemento relevante em suas estratégias de atuação.

Premiações:
Premiar os trabalhos científicos, as experiências, os protótipos e os produtos apresentados é uma das formas que será utilizada para apoiar a produção acadêmica e não-acadêmica voltada às necessidades das pessoas com deficiências. Os prêmios serão divididos em 06 categorias com 03 subcategorias, conforme a descrição abaixo:

Categoria
Podem Participar
Tecnologias Assistivas para Deficiência Visual
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Auditiva
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Intelectual
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Física
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Múltipla
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área
Tecnologias Assistivas para Deficiência Psicosocial
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Médio
Pesquisadores de Iniciação científica do ensino Superior
Pesquisadores, Instituições ou empresas que desenvolvem pesquisas nessa área

As tecnologias podem ser produtos, técnicas ou metodologias, reaplicáveis, desenvolvidas em interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de inclusão social.

Os vencedores receberão certificados, direito a publicação e será articulado com empresas que tenham interesse em desenvolver os produtos.
V.  Descrição dos resultados esperados e dos segmentos beneficiados pelas atividades;
Ø  Incentivar trabalhos interdisciplinares e a atitude investigativa, buscando estimular o trabalho colaborativo e as atividades de iniciação científica;
Ø  Exibir pesquisas e protótipos das inovações;
Ø  Difundir o conceito da Tecnologia Assistiva para pessoas com deficiência;
Ø  Viabilizar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre pesquisadores;
Ø  Divulgar e promover as tecnologias de serviços e produtos já expostos no país;
Ø  Difundir experiências inovadoras, como um instrumento facilitador no processo de inclusão social e profissional das pessoas com deficiência.
Ø  Possibilitar interlocução entre as instituições de ensino e pesquisa do País, da Região e do Estado que se fizerem presentes, compartilhando suas experiências
Ø  Apresentar resultados de pesquisa;
Ø  Criar um espaço de debate estadual sobre as novas tecnologias
Ø  Contribuir com novas alternativas para o governo e Sociedade Civil em relação à inclusão social e escolar de pessoas com deficiência
Ø  Levantar perspectivas alternativas de recursos de tecnologia assistiva para favorecer a inclusão social, no trabalho e na escolar;
Ø  Fortalecer ações de inovação na área da inclusão social.

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